“Somos filhos de emigrantes”.
Assim falou o presidente da camara aqui na Italia – Gianfranco Fini em discurso no 1º congresso nacional do recém-nascido partido Popollo della Libertà.
… Devemos nos habituar a pensar na Italia com uma otica diferente em relaçao ao nosso passado. Serao sempre mais, inevitavelmente, os italianos de cor. Serao sempre mais, inevitavelmente, os italianos com traços orientais. Serao sempre mais, inevitavelmente, os italianos que nao creem em nossa religiao. Serao sempre mais os italianos que sao filhos de pais que nao nasceram na Italia. E nao devemos observar esta perspectiva com medo, mas com a presunçao de poder conduzir esta mudança històrica.
Como ja dissemos outras vezes, hoje nos confrontamos com a dificuldade de lidar com a imigraçao, mas nao devemos nos esquecer que seremos sempre um povo filho de emigrantes! E quando falamos de emigraçao, nao falamos apenas dos calabreses, dos napolitanos ou dos sicilianos! Quantos venetos, quantos lombardos nos anos dificeis foram obrigados a ir embora da terra onde nasceram para buscar emprego?
Nao devemos ter medo dos estrangeiros! Devemos conduzir este processo tao complexo! Um processo que necessitamos confrontar os valores, confrontar as ideias. Porque integraçao nao significa necessariamente assimilaçao…
Confesso a voces que quando li o discurso do presidente Fini, muitas lagrimas cairam, nao apenas porque um politico de direita declarou publicamente a importancia dos imigrantes, mas sim pela lembrança de que nossos antenatos foram forçados a buscar um lugar melhor, longe de suas familias, dos seus amigos, numa terra desconhecida, sem falar a lingua… E hoje é exatamente estes mesmos sentimentos que os descendentes deste povo guerreiro sente ao chegar aqui
Tenho certeza que meu querido nonno Giordano Barbiero, assim como o ‘nonno’ de muitos amigos que acompanham este blog estao orgulhosos de seus ‘filhos’, que fizeram o caminho inverso e hoje podem colocar a mao no peito e dizer: Sono italiano con orgoglio!!!
In bocca al lupo!
